Fantasmas digitais e relações Swipe: a cultura infocomunicacional na era das proximidades automatizadas
DOI:
https://doi.org/10.18225/ci.inf.v45i2.3801Palavras-chave:
Proximidades automatizadas, Hábitos info-comunicacionais, Intimidades digitais, Ética interativaResumo
Entre plataformas web e aplicações para smartphone encontramos propostas tecnológicas que pretendem aliviar-nos dos tabus mais enraizados na nossa condição humana. De um lado temos propostas para eternizar a nossa existência, para contornar a angústia do nosso inelutável desaparecimento (e do sentimento de ausência que provoca a recordação dos que já faleceram), de outro lado deparamo-nos com solicitações de gratificação instantânea proporcionada pelas buscas de parceiros digitalmente empacotados em perfis sedutores e potencialmente ao nosso alcance. Comparando sites como boxego.com, thedigitalbeyond.com ou eternal9, serviços movidos pela filosofia que promete que “o coração que parar de bater não deixará de twittar”, com outros serviços móveis como Tinder ou Happn, que promovem combinações amorosas entre desconhecidos, tentar-se-á uma análise dos paradoxos culturais contemporâneos refletidos pelas transformações sociotécnicas. Trata-se, nesse artigo, de refletir sobre alguns novos cenários dos comportamentos infocomunicacionais, questionando a emergência de novos desafios éticos que não remetem estritamente para uma lógica de competências operacionais e informacionais, mas para ambientes digitais que estruturam expetativas e hábitos específicos de interação, sendo essas novas “relações” algoritmicamente mediadas o efeito de uma busca de interatividade camuflada por interação. Temos assim duas dimensões contemporâneas da experiência psicossocial que emergem através das potencialidades facultadas pelas tecnologias digitais, e que nos permitem entender e revelar aspetos ambivalentes e profundos de uma ética e estética “onlife” em constante “mediamorfose”.Downloads
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Publicado
10/11/2017
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Artigos
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