Estatísticas criminais no Brasil:: uma investigação da publicação de dados sobre segurança pública pelas secretarias estaduais

André José Ribeiro Guimarães; Denise Fukumi Tsunoda

doi:10.18225/ci.inf.v53i.6880

Autores

André José Ribeiro Guimarães Universidade Fednáral do Paraná
Denise Fukumi Tsunoda Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.18225/ci.inf.v53i.6880

Palavras-chave:

dados abertos, segurança pública, violência doméstica, feminicídio

Resumo

A questão da violência no Brasil é marcada por elevados índices de homicídios e violência sexual, especialmente dirigidos a pessoas negras, jovens e mulheres. Embora a tecnologia seja utilizada para prevenir crimes, a ausência de dados confiáveis dificulta a elaboração de políticas eficazes no combate a esses e outros tipos de violência. Objetivos: Analisar a situação dos portais das secretarias estaduais de segurança pública do Brasil, com foco na disponibilização de dados e estatísticas criminais. Metodologia: Primeiramente, foram definidos os elementos a serem investigados nos portais com ênfase na disponibilização de dados criminais, comunicação das ações sobre violência doméstica, incluindo violência contra mulheres, crianças ou adolescentes. Em seguida, foram visitados os 27 portais estaduais para as coletas dos dados. Resultados: A análise indica que 22,2% das secretarias disponibilizam dados de forma que possam ser trabalhados e permitam análises aprofundadas, 77,8% apresentam relatórios estatísticos, embora esses relatórios não mantenham, entre si, padronização de formato, dados, metadados ou layout. Por outro lado, foi constatado que 96,3% dos sites analisados possuem sistemas de notícias para disseminar informações sobre segurança e que 74,1% possuem pelo menos um perfil em mídias sociais, indicando uma preocupação em manter a população informada sobre questões relacionadas à segurança. Conclusão: A questão dos dados sobre segurança pública no Brasil ainda precisa evoluir significativamente. Embora mais de 77% das secretarias estaduais pratiquem a divulgação de relatórios estatísticos, apenas seis delas disponibilizam publicamente os dados de maneira que possam ser analisados de forma mais aprofundada e com resultados mais significativos.

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