A desconstrução do conceito de "qualidade da informação"

Autores

  • Rosa Maria Quadros Nehmy
  • Isis Paim

DOI:

https://doi.org/10.18225/ci.inf.v27i1.817

Palavras-chave:

Qualidade da informação, Epistemologia e ciência da informação, Obstáculo

Resumo

Tomando como principal referencial as categorias analíticas de Gaston de Bachelard - estádios de um conceito e obstáculo epistemológico -, a leitura da noção "qualidade da informação", tal como é abordada na literatura, revela que se trata de uma noção vaga, imprecisa, situando-se muito próxima ao entendimento do senso comum. As definições geralmente baseiam-se na adscrição de atributos passíveis de mensuração. A tendência dominante é a de se imprimir um julgamento de valor positivo à informação, relegando-se a um plano secundário seu lado negativo. Com essas características, a noção pode ser enquadrada na categoria bachelardiana do realismo ingênuo, que funciona como obstáculo epistemológico ao conhecimento. A análise de outras noções correlatas conduz à constatação de que prevalecem condições semelhantes às assinaladas para a qualidade. A desconstrução das noções relativas à avaliação da informação constitui-se, pois, em um passo necessário para propiciar o redirecionamento da construção conceitual, de modo a sintonizar-se com as exigências do novo momento tecnológico e social.

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Biografia do Autor

  • Rosa Maria Quadros Nehmy
    Socióloga, mestre em ciência da informação e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Escola de Biblioteconomia da UFMG.
  • Isis Paim
    Ph.D. em educação superior pela universidade de Vanderbilt, professora e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Escola de Biblioteconomia da UFMG.

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