A Disputa do Tempo: dialogia informacional e teoria da história no movimento zapatista
DOI:
https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5941Palavras-chave:
Antropoceno, Zapatista, Tempo, Informação, DocumentosResumo
O presente artigo se dedica à discussão sobre “documentos rebeldes”, dispostos a denunciar as falácias do progresso orientado pela lógica capitalista de acumulação e exploração, confeccionados pelos indígenas zapatistas em seu território, no sudeste mexicano. Nesse sentido, abordamos uma discussão oriunda da história econômica e da práxis revolucionária sobre o tempo e a teoria da história, acentuando o encontro crítico entre uma perspectiva epistemológica e prático-informacional. Tendo como princípios incontornáveis a dignidade humana, a conexão e o respeito à natureza e a busca de liberdade dos povos subalternizados ao longo da história, tomar conhecimento sobre a experiência zapatista nos reativa a esperança por um outro tempo e um “outro mundo possível”
Referências
ALKMIN, F. Por uma geografia da autonomia: a experiência de autonomia territorial zapatista em Chiapas, México. Dissertação (Mestrado) (Mestrado em Geografia Humana) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Estadual de São Paulo, São Paulo, 2015.
AGUIRRE ROJAS, C. A. Tempo, duração e civilização: percursos braudelianos. – São Paulo, Cortez Editora (Coleção Questões da Nossa Época, v.89), 2001.
BENJAMIM, W. Obras escolhidas, magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012.
BOSI, A. Dialética da colonização. São Paulo : Companhia das Letras, 1992.
BOURDIEU, P. O campo científico. In: ORTIZ, R. A Sociologia de Pierre Bourdieu. São Paulo: Olho D’Água, 2003.
BRAUDEL, F. Histoire et sciences sociales : “la longue durée”. Annales E. S. C., nº 4, Oct-Dic. 1958, Débats et Combats, págs. 725-753.
BRAUDEL, F. A dinâmica do capitalismo. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1987.
BRAUDEL, F. História e Ciências Sociais. 2ª. Ed. Editora Presença, Vila da Feira, Portugal, 1976.
BRAUDEL, F. O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo na Época de Filipe II: Volume I. – São Paulo, Editora Universidade de São Paulo, 2016.
Comandancia General del EZLN. Primera Declaración de la Selva Lacandona. Chiapas, Mexico, año de 1993. Disponível em: https://enlacezapatista.ezln.org.mx/1994/01/01/primera-declaracion-de-la-selva-lacandona/ Acesso: 10/03/2022
Comandancia General del EZLN. Comunicado del Comité Clandestino Revolucionário Indígena. Chiapas, México, 19 de julio de 2003. Disponível em: https://enlacezapatista.ezln.org.mx/2003/07/19/el-ezln-decidio-suspender-totalmente-cualquier-contacto-con-el-gobierno-federal-mexicano-y-los-partidos-politicos/ Acesso: 10/03/2022
COUTINHO, E. G. Gramsci: a comunicação como política In: COUTINHO, E. G. A comunicação do oprimido e outros ensaios. Rio de Janeiro: Mórula, 2014.
EIQUEIQ, A. De Chiapas a Palestina, arte sin fronteras. Des Informémonos. 2019. Disponível em: https://desinformemonos.org/chiapas-palestina-arte-sin-fronteras/ Acesso: 2/03/2019.
FIORI, J. L. História, estratégia e desenvolvimento: para uma geopolítica do capitalismo. – 1. Ed. – São Paulo : Boitempo, 2014.
HÍJAR, C. Zapatistas, lucha en La significación. Apuntes. Discurso Visual. Segunda Época. Revista Digital - Cendiap, n.9, 2007. Disponível em: http://discursovisual.net/dvweb09/agora/agohijar.htm. Acesso: 16/12/2021.
HEGEL, G. W. F. Ciência da Lógica: 3. A Doutrina do Conceito. – Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2018.
MARCOS, Subcomandante Insurgente. El Viejo Antonio. México: Ediciones EÓN, 2012.
MARX, K. Miséria da filosofia. – 1. Ed. – São Paulo : Boitempo, 2017.
MATAMOROS, F. Zapatismo, reflexión teórica y subjetividades emergentes: revisitando el Seminario. IN: HOLLOWAY, John; MATAMOROS, Fernando; TISCHLER, Sergio (Org.). Zapatismo, reflexión teórica e subjetividades emergentes. Buenos Aires: Herramientas, 2008.
NAVARRO, F. Introdución. In: MARCOS, subcomandante Insurgente. El Viejo Antonio. México: Ediciones EÓN, 2012.
NETTO, S. A mística da resistência. Culturas, histórias e imaginários rebeldes nos movimentos sociais latino-americanos. 2007. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em História Social, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, São Paulo 2007.
POLANCO, H. La Rebelión Zapatista y la Autonomía: Siglo Veintiuno editores, 2007.
POLANYI, K. A Grande Transformação: as origens políticas e econômicas de nossa época. – 1. ed. – Rio de Janeiro : Contraponto, 2021.
RIBEIRO, D. As Imagens Dialéticas de Walter Benjamin na Montagem de Godard. Paralaxe, v.4, n.1, p. 22-47, 2016b.
RIBEIRO, G. Fernand Braudel, Geohistória e longa duração: críticas e virtudes de um projeto historiográfico. – 1.ed. – São Paulo : Annablume, 2016.
SALDANHA, G. O documento e a “via simbólica”: sob a tensão da neodocumentação. In: Informação Arquivística, v.2, n.1, Rio de Janeiro, 2013. p. 65-88.
SALDANHA, G. Mediação e formações simbólicas: notas cassirerianas sobre linguagem, conhecimento e cultura na ciência da informação. In: Anais XV Enancib, 2014. p. 1202-12221.
SECCO, L. e CUNHA, E. S. A América Latina no cenário de contestações globais. Uma entrevista com Carlos Antonio Aguirre Rojas. Mouro - Revista Marxista - Núcleo de Estudos d'O Capital - Ano 11 - No. 14 – Janeiro, 2020 - ISSN 2175-4837.
VILLORO, J. La duración de la impaciencia. In: El pensamento crítico frente a la hidra capitalista II: EZLN, 2015.
WALLERSTEIN, I. Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Bianca Rihan, José Raphael Sette

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Liinc em Revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Consulte a Política de Acesso Livre e Autoarquivamento para informações permissão de depósitos de versões pré-print de manuscritos e artigos submetidos ou publicados à/pela Liinc em Revista.
Liinc em Revista, publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, é licenciada sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional – CC BY 4.0