O agenciamento de símbolos nacionais na construção das narrativas comunicacionais e políticas no Brasil na campanha eleitoral de 2022

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18617/liinc.v19i2.6503

Palavras-chave:

Comunicação, Consumo, Agência dos Objetos, Símbolos Nacionais, Eleições de 2022

Resumo

São observadas narrativas e simbologias construídas sobre alguns usos e interpretações da bandeira nacional, as cores verde-amarelo e os slogans de campanha, bem como a identidade visual, dos então candidatos à Presidente da República de 2022 Luís Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. O objetivo é compreender alguns dos alcances que os materiais possuem de agenciar correntes de pensamento, coletivas ou individuais. Assim, o consumo, principal ponte de aquisição desses objetos e símbolos, vai além do mercantil e atinge níveis interpretativos, informativos e políticos. O estudo percebeu que a comunicação desdobrada dos objetos influencia os usos e desusos dos símbolos nacionais afinal, além do consumo, há também o não consumo desses simbolismos como formas de afirmar a partir da negação

Biografia do Autor

  • Manuela do Corral Vieira, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil

    Doutora em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCom) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Líder do Grupo de Pesquisa Comunicação, Consumo e Identidade – Consia (CNPq/UFPA).

  • Amanda Santos de Oliveira, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil

    Graduanda em Comunicação Social – Jornalismo na Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal do Pará. Bolsista de Iniciação Científica
    (PIBIC/CNPq) e integrante do Grupo de Pesquisa Comunicação, Consumo e Identidade – Consia (CNPq/UFPA).

Referências

ADORNO, Theodor. A teoria freudiana e o padrão da propaganda fascista. Margem Esquerda, São Paulo, n. 7, p. 55-78, 2006.

BENAJMIN, Walter. Escritos sobre mito e linguagem. Trad. Ernani Chaves e Susana Kampff Lages. São Paulo: Duas Cidades/Editora 34, 2011.

BLUMER, Herbert. Suggestions for the study of mass-media effects. In: Symbolic Interactionism: perspective and method. New Jersey: Prentice Hall, 1969.

BLUMER, Herbert; REIS, Caio Moraes. Sociedade como interação simbólica. Plural, v. 25, n. 2, p. 282-293, 2018.

CARRASCOZA, João Anzanello. O consumo e o não consumo: flashes de uma discussão. Signos do Consumo, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 106-114, jul./dez.

CIOCCARI, Deysi; PERSICHETTI, Simonetta. A campanha eleitoral permanente de Jair Bolsonaro: O deputado, o candidato e o presidente. Lumina, v. 13, n. 3, p. 135-151, 2019.

DOHMANN, Marcus. Cultura material: sobre uma vivência entre tangibilidades e simbolismos. Diálogo com a Economia Criativa, Rio de Janeiro, v. 2, n. 6, p. 41-53, set. 2017.

DOUGLAS, Mary; Isherwood, BARON. (2004). O mundo dos bens. Rio de Janeiro: UFRJ.

FUKS, Mario; MARQUES, Pedro Henrique. Polarização e contexto: medindo e explicando a polarização política no Brasil. Opinião Pública, v. 28, p. 560-593, 2023.

GROHMANN, Rafael. O que é circulação na comunicação? Dimensões epistemológicas. Revista FAMECOS, Porto Alegre, v. 27, p. 1-13, 2020. DOI: 10.15448/1980-3729.2020.1.35881.

GUEDES, Simoni Lahud; SILVA, Edison Márcio de Almeida da. O segundo sequestro do verde e amarelo: futebol, política e símbolos nacionais. Cuadernos de Aletheia, Buenos Aires, n. 3, p. 73-89, 2019. Disponível em: http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/art_revistas/pr.9691/pr.9691.pdf. Acesso em: 05 jun. 2020.

GUIMARÃES, Samuel Pinheiro. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos avançados, v. 22, p. 145-159, 2008.

INGOLD, Tim. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, n. 37, p. 25-44, 2012.

REED, John. Dez dias que abalaram o mundo. Trad.: Bernardo Ajzenberg. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2010.

MILLER, Daniel. “Consumo como cultura material”. Horizontes Antropológicos, n 28, p. 33-64, 2007.

MILLER, Daniel. (2013). Trecos, troços e coisas. Rio de Janeiro: Zahar.

PEREIRA, Cláudia; MARTINELLI, Fernanda. As pessoas, as coisas e as perdas: perspectivas da cultura material e do consumo nos estudos de Daniel Miller. Sociologia & Antropologia, v. 10, p. 887-905, 2021.

REIS, Valdimir Pereira; MOREIRA, Maria Aparecida Antunes; SANTOS, Etelvina de Queiroz. INFLUÊNCIA DAS GRANDES MÍDIAS NA MANIPULAÇÃO DO PENSAMENTO ESTUDANTIL E USO DOS SÍMBOLOS NACIONAIS PARA FORJAR AS ELEIÇÕES DE 2018. Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, v. 7, n. 7, 2019.

Simmel, Georg. (1955). Conflict and the web of group-affiliations (K. H. Wolff, Trad.). Glencoe, IL: The Free Press. (Obra original publicada em 1922).

SODRÉ, Muniz. A ciência do comum - Notas para o método comunicacional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

TANIZAKI, Junichiro. Em louvor da sombra. Trad. Leiko Gotoda. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Downloads

Publicado

30/11/2023

Edição

v. 19 n. 2 (2023): Guerras culturais: informação, política e disputas simbólicas

Seção

Guerras Culturais: Informação, Política e Disputas Simbólicas

Licença

Copyright (c) 2023 Manuela do Corral Vieira, Amanda Santos de Oliveira

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Como Citar

O agenciamento de símbolos nacionais na construção das narrativas comunicacionais e políticas no Brasil na campanha eleitoral de 2022. Liinc em Revista, [S. l.], v. 19, n. 2, p. e6503, 2023. DOI: 10.18617/liinc.v19i2.6503. Disponível em: https://revista.ibict.br/liinc/article/view/6503. Acesso em: 18 abr. 2025.