Pseudônimos de autoras, aspectos contigenciais e o seu protagonismo social

FRAD, FRSAD e a Representação Temática em Catálogos Online

Autores/as

  • Suellen Oliveira Milani Universidade Federal Fluminense (UFF). Niterói, RJ, Brasil.
  • Brisa Pozzi de Sousa Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18617/liinc.v14i2.4474

Palabras clave:

Modelo conceitual, FRAD, FRSAD, Pseudônimos, Representação temática, Protagonismo social

Resumen

Partindo dos modelos conceituais Requisitos funcionais para dados de autoridade e Requisitos funcionais para dados de autoridade de assunto, a investigação busca perspectivas que propiciem aos catálogos de biblioteca dar visibilidade à representação temática dos pseudônimos de autoras que, principalmente entre o início do século XIX e meados do século XX, optaram por ou foram forçadas a assinar as suas obras com nomes masculinos ou ambíguos. Para tanto, a forma exploratória e qualitativa subsidiou a investigação, com destaque para o referencial da organização do conhecimento que discute questões socialmente impostas por um nome que é materializado em um registro catalográfico. Exemplos advindos dos catálogos de autoridade da Library of Congress e da Biblioteca Nacional do Brasil são discutidos, bem como o protagonismo social que esses registros podem assumir.

 

Referencias

BUONOCORE, Domingo. Diccionario de Bibliotecologia. 2. ed. aum. Buenos Aires: Marymar, 1976.

CINTRA, Anna Maria Marques. Estratégias de leitura em documentação. In: SMIT, Johanna W. (Coord.). Análise documentária: a análise da síntese. 2. ed. Brasília: IBICT, 1989. p. 30-37.

COSTA, Camila. As autoras que tiveram de usar pseudônimos masculinos – e agora serão lidas com seus nomes verdadeiros. BBC Brasil, São Paulo, abril 2018. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2018.

DECLARAÇÃO de Princípios Internacionais de Catalogação. [S.l.]: IFLA, 2009. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2018.

D’ERCOLE, Isabella. Livros de mulheres que assinaram com pseudônimos masculinos são relançados. Geledes: Instituto da Mulher Negra, São Paulo, abril 2018. Seção Questão de gênero. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2018.

DEZ autoras que publicavam sob pseudônimos masculinos. Revista Cult, São Paulo, abril 2018. Seção Livros. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2018.

DOBRESKI, Brian; KWAŚNIK, Barbara. Changing depictions of persons in library practice: spirits, pseudonyms, and human books. Knowledge Organization, Würzburg, v. 44, n. 8, p. 656-667, 2017.

DRABINSKI, Emily. Queering the catalog: queer theory and the politics of correction. Library Quarterly, Chicago, v. 83, n. 2, p. 94-111, 2013.

GARRIDO ARILLA, María Rosa. Teoría e historia de la catalogación de documentos. Madrid: Síntesis, 1999.

INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS. Functional Requirements for Authority Data: A Conceptual Model. München: K.G. Saur, 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2018.

INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS. Functional Requirements for Bibliographic Records: final report. 1998. Disponível em: . Acesso em: 14 ago. 2018.

INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS. Functional Requirements for Subject Authority Data: A conceptual model. Netherlands: IFLA, 2010. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2018.

INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS. Guidelines for authority records and references. 2. ed. revised by the IFLA Working Group on GARE Revision. München: K.G. Saur, 2001. Disponível em:

. Acesso em: 20 ago. 2018.

MELO, Maria Antônia Fonseca; BRÄSCHER, Marisa. Requisitos Funcionais para Dados de Autoridade Assunto (FRSAD): entidades, atributos e relacionamentos. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 12, n. 2, p.102-119, 2014.

MEY, Eliane Serrão Alves. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995.

MILANI, Suellen Oliveira; PINHO, Fabio Assis. Knowledge representation and orthophemism: a reflection aiming to a concept. Knowledge Organization, Würzburg, v. 39, n. 5, p. 384-393, 2012.

MOULAISON, Heather Lea; DYKAS, Felicity; BUDD, John M. Foucault, the author, and intellectual debt: capturing the author-function through attributes, relationships, and events in knowledge organization systems. Knowledge Organization, Würzburg, v. 41, n. 1, p. 30-43, 2014.

OLSON, Hope Alene; SCHLEGL, Rose. Standardization, objectivity, and user focus: a meta-analysis of subject access critiques. Cataloging & Classification Quarterly, New York, v. 32, n. 2, p. 61-80, 2001.

OLSON, Hope Alene. The power to name: locating the limits or subject representation in libraries. Dordrecht: Kluwer Academic Publisher, 2002.

ORIGINAL Writers Project. Disponível em: . Acesso em:

ORTEGA, Cristina Dotta; LARA, Marilda Lópes Ginez de. A noção de estrutura e os registros de informação dos sistemas documentários. Transinformação, Campinas, v. 22, n. 1, p. 7-18, 2010.

ROBITAILLE, Isabelle. Book review: International Encyclopedia of Pseudonyms. Knowledge Organization, Würzburg, v. 3, n. 1, p. 60-61, 2006.

SOUSA, Brisa Pozzi de; SALDANHA, Gustavo Silva; TOLENTINO, Vinicius de Souza. Possibilidades reflexivas sobre gênero na estruturação do ponto de acesso na Catalogação: entre a delimitação das regras e a amplitude da representação. In: PINHO, Fabio Assis;

GUIMARÃES, José Augusto Chaves (Org.). Memória, tecnologia e cultura na organização do conhecimento. Recife: Ed. UFPE, 2017. p. 325-333. (Estudos Avançados em Organização do Conhecimento, 4).

SZOSTAK, Rick A pluralistic approach to the philosophy of classification. Library Trends, Baltimore, v. 63, n. 3, p. 591-614, 2015.

TENNIS, Joseph T. Ethos and Ideology of Knowledge Organization: Toward Precepts for an Engaged Knowledge Organization. Knowledge Organization, Würzburg, v. 40, n. 1, p. 42-49, 2013.

Publicado

17/12/2018

Número

Sección

Organización del Conocimiento: agendas sociopolíticas y sus conflictos históricos