Nível de maturidade em gestão do conhecimento de uma clínica escola de saúde: um estudo de caso sob a ótica dos gestores
DOI:
https://doi.org/10.18225/ci.inf.v50i2.5534Palavras-chave:
Gestão de clínicas, Administração universitária, Gestão do conhecimento, Modelos de maturidadeResumo
A gestão do conhecimento (GC) consiste em gerar, em armazenar, em distribuir e em utilizar o conhecimento. Assim sendo, este trabalho objetiva verificar a percepção dos gestores de saúde acerca do grau de maturidade em gestão do conhecimento de uma clínica escola de uma universidade comunitária do Sul de Santa Catarina. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, por meio de aplicação de um questionário do modelo de mensuração de GC de Batista (2012) com todos os gestores da clínica escola, sendo oito ao total, havendo um coordenador geral e um gestor para cada área: enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina, nutrição, odontologia e psicologia. Como resultado, verifica-se que a maioria dos serviços ainda está em estágio de iniciação, ou seja, a instituição começa a reconhecer a importância das iniciativas de GC. Um gestor apontou que está em fase de iniciação (expansão), em que há práticas de GC em algumas áreas da instituição, um gestor tem a percepção do nível de refinamento, no qual a implantação de GC é avaliada e melhorada constantemente e outro gestor tem a percepção de que sua clínica está no quinto nível – o de maturidade – no qual a GC está institucionalizada. Assim, sugere-se aos serviços que possuem a GC em iniciação e em expansão que implementem um modelo de GC, utilizando o conhecimento e a criatividade singular e coletiva na melhora das iniciativas de criação, de armazenamento, de disseminação e de aplicação do conhecimento. Aos serviços em refinamento e em maturidade, sugere-se manter e melhorar as práticas existentes.
Downloads
Referências
BARRETO, L. R. F. S. Gestão do conhecimento na administração pública: estudo do nível de maturidade na Companhia de processamento do estado da Bahia – PRODEB. 2018. 85f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Administração, Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018.
BATISTA, F. F. Gestão do conhecimento na administração pública: resultados da pesquisa IPEA 2014 – níveis de maturidade. Rio de Janeiro: IPEA, 2016.
BATISTA, F. F. Modelo de gestão do conhecimento para a administração pública brasileira: como implementar a gestão do conhecimento para produzir resultados em benefício do cidadão. Brasília: IPEA, 2012.
BHATT, G. D. Knowledge management in organizations: examining the interaction between technologies, techniques, and people. Journal of Knowledge Management, Bradford, v. 5, n. 1, p. 68-75, 2001.
CICONE, P. A.; COSTA, C. K. F.; MASSUDA, E. M.; VERMELHO, S. C. S. D.; GIMENES, R. M. T. Gestão do conhecimento em organizações de saúde: revisão sistemática de literatura. Revista Saúde e Pesquisa, Maringá, v. 8, n. 2, p. 379-388, mai./ago. 2015.
COLAUTO; R. D.; BEUREN, I. M. Proposta para Avaliação da Gestão do Conhecimento em Entidade Filantrópica: o Caso de uma Organização Hospitalar. RAC, v. 7, n. 4, p. 163-185, 2003.
CRUZ, S. G.; FERREIRA, M. M. F. Gestão do conhecimento em instituições de saúde portuguesa. Rev. Bras. Enferm., v. 69, n. 3, p. 492-499, mai./jun. 2015.
DAMIAN, I. P. M.; CABERO, M. M. M. Diretrizes estratégicas baseadas nos fatores críticos de sucesso da gestão do conhecimento voltadas às características da memória organizacional. Inf. & Soc.: Est., João Pessoa, v. 30, n. 2, p. 1-25, abr./jun. 2020.
DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam seu capital intelectual. 14. ed. Elsevier: Rio de Janeiro, 2003.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
HELOU, A. R. H. A. Avaliação da maturidade da gestão do conhecimento na administração pública. 2015. 391f. Tese (Doutorado) – Curso de Engenharia e Gestão do Conhecimento, Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.
KRÜGER, T. C.; PINTO, M. D. S. Avaliação da maturidade de gestão da informação e do conhecimento: um estudo aplicado em três editoras universitárias federais do sul do Brasil. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 10, n. 2, p. 120-142, maio/ago. 2020.
MARQUES, J. M. R.; FALCE, J. L. L.; MARQUES, F. M. F. R.; MUYLDER, C. F.; SILVA, J. T. M. A maturidade da gestão do conhecimento: uma comparação entre a percepção de docentes e técnicos administrativos de uma instituição pública de ensino superior. Revista Conhecimento Online, Novo Hamburgo, v. 1, jan./abr. 2020
MERHY, E. E. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho vivo em saúde. In: MERHY, E. E.; ONOCKO, R. (org.). Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997.
MISRA, D. C. INTERNATIONAL CONFERENCE ON KNOWLEDGE MANAGEMENT FOR PRODUCTIVITY AND COMPETITIVENESS, 1., 2007, Nova Delhi. Ten Guiding Principles for Knowledge Management in E-government. Nova Delhi, Índia: National Productivity Council, 2007. 15 p
MONTANI, S.; BELLAZZI, R. Supporting decisions in medical applications: the knowledge management perspective. International Journal of Medical Informatics., v. 68, n. 1-3. p. 79-90. 2002.
NONAKA, I; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
ROCHA, E. S. B.; NAGLIATE, P.; FURLAN, C. E. B.; ROCHA JR, K.; TREVIZAN, M. A.; MENDES, I. A. C. Gestão do conhecimento na saúde: revisão sistemática de literatura. Revista Lat-Am. Enfermagem, v. 20, n. 2, mar./abr. 2012.
ROQUE, G. R. Compartilhamento de conhecimento inteorganizacional: um estudo de caso das práticas e iniciativas no âmbito do projeto Visir+. 2017. 184f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Tecnologias da Informação e Comunicação, Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, Araranguá, 2017.
SABINO, M. M. F. L. Maturidade em gestão do conhecimento: um estudo de caso na tutoria dos cursos de graduação na modalidade a distância do departamento de ciências da administração da UFSC. 2013. 197f. Dissertação (Mestrado) – Administração Universitária, Centro Socioeconômico. Programa de Pós-Graduação em Administração Universitária, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.
SANDARS, J.; HELLER, R. Improving the implementation of evidence-based practice: a knowledge management perspective. Journal of Evaluation in Clinical Practice v. 12, n. 3, p. 341-346, jun. 2006.
SANTOS, A. R. Metodologia Científica: a construção do conhecimento. 6. ed. rev. (conforme NBR 14724:2002). Rio de Janeiro: DP & A, 2004.
SILVA, E.; DAMIAN, I. P. M.; VALENTIM, M. L. P. Análise das convergências entre os modelos de maturidade de gestão do conhecimento e os pilares do índice global de inovação. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v.30, n.1, p. 1-20, jan./mar. 2020.
SIMPSON, R. L. Information technology: building nursing intellectual capital for the information age. Nursing Administration Quarterly., v. 31, n. 1, p. 84-88, jan./mar. 2007.
STEWART, T. A. Capital Intelectual. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
TELLES, M. S.; MOZZATO, A.R. Facilitar ou dificultar? Caminhos para gestão do conhecimento. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 10, n. 1, p. 39-53, jan./abr. 2020.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
ZIKMUND, W. G. Business research methods. 5.ed. Fort Worth, TX: Dryden,
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Marlon Gonçalves Zilli, Paulo Cesar Leite Esteves, Mágada Tessmann, Cristina Keiko Yamaguchi, Eduardo Lux
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
- A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
- As provas finais não serão enviadas aos autores;
- Os autores mantém os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na revista Ciência da Informação, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da Licença Pública 4.0 Internacional Atribuição-CompartilharIgual
- Deve ser consignada a fonte de publicação original;
- As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade;
- Cada autor receberá dois exemplares da revista, caso esteja disponível no formato impresso.