Cognitivismo neoliberal e o trabalho de usuário no Design de UX
DOI:
https://doi.org/10.18617/liinc.v19i2.6580Palavras-chave:
Design de UX, Trabalho de usuário, Modelo do Gancho, Fetiche da mercadoriaResumo
Este trabalho dá continuidade às pesquisas que buscam preencher uma lacuna nos estudos críticos e transdisciplinares sobre as implicações político-econômicas e psicossociais do design de UX. Para isso, a partir de uma revisão de literatura integrativa, elaboramos elementos para uma crítica imanente das teorias, técnicas e tecnologias deste campo. Encontramos antigas crenças acerca da redução da ontologia do ser social às leis da natureza enquanto uma argumentação para nossa cognição falível, o que justificaria a criação de arquiteturas de contextos, decisões e atividades para os usuários de mercadorias digitais. Utilizando a própria literatura de base do design de UX (ciências cognitivas, interação humano-computador e marketing), demonstramos o caráter ideológico e pouco científico desses pressupostos, bem como o seu papel mediador para a cooperação compulsória dos usuários na produção de dados digitais. A partir das teorias sócio-históricas da subjetividade, concluímos (1) que essas determinações são "encriptografadas" pelo design de UX, fazendo as tecnologias digitais, seu trabalho e seu intelecto geral aparecerem na forma fetichizada de mercadorias digitais; e (2) que isso exige ações políticas organizadas para a regulação democrática deste mercado
Referências
ALJASIR, Shuaa; Bajnaid, Ayman; Elyas, Tariq; Alnawasrah, Mustafa, 2017. Users’ Behaviour on Facebook: A Literature Review. International Journal of Business Administration, Vol 8, No 7. DOI: https://doi.org/10.5430/ijba.v8n7p111
ALTAY, Sacha; DE ARAUJO, Emma; MERCIER, Hugo, 2022. “If this account is true, it is most enormously wonderful”: Interestingness-if-true and the sharing of true and false news. Digital Journalism, v. 10, n. 3, p. 373-394. DOI: https://doi.org/10.1080/21670811.2021.1941163
ANTUNES, Ricardo, 2018. O Privilégio da servidão: O novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo Editorial.
ARIELY, Dan, 2008. Previsivelmente irracional. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil.
ARISTÓTELES, 2003. Política. Tradução de Nestor Silveira Chaves. São Paulo: Martin Claret.
BARBOSA, S. D. J. et al., 2021. Interação Humano-Computador e Experiência do Usuário. Autopublicação.
BENTES, Anna, 2022. Da Madison Avenue ao Vale do Silício. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura) – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
BERARDI, Franco, 2007. Generación post-alfa. Buenos Aires: Tinta Limón.
BOCK, Ana Mercês Bahia; GONÇALVES, Maria da Graça Marchina (Ed.), 2009. A dimensão subjetiva da realidade: uma leitura sócio-histórica. São Paulo: Cortez Editora.
BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Ève, 2009. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: WMF Martins Fontes.
CARR, Nicholas, 2020. The shallows: What the Internet is doing to our brains. WW Norton & Company.
CARROLL, John M, 1997. Human-computer interaction: psychology as a science of design. Annual review of psychology, v. 48, n. 1, p. 61-83. DOI: https://doi.org/10.1146/annurev.psych.48.1.61
CASTELLANO, Claudio; FORTUNATO, Santo; LORETO, Vittorio, 2009. Statistical physics of social dynamics. Reviews of modern physics, v. 81, n. 2, p. 591. DOI: https://doi.org/10.1103/RevModPhys.81.591
CAVA, Xavi, 2018. Work and consumption in digital capitalism: from commodity abstraction to 'eidetisation'. tripleC: Communication, Capitalism & Critique. Open Access Journal for a Global Sustainable Information Society, v. 16, n. 2, p. 742-756. DOI: https://doi.org/10.31269/triplec.v16i2.916
CESARINO, Letícia, 2022. O mundo do avesso: Verdade e política na era digital. São Paulo: Ubu Editora.
COLLINGTON, Rosie, 2021. Disrupting the welfare state? Digitalisation and the retrenchment of public sector capacity. New Political Economy, v. 27, n. 2, p. 312-328. DOI: https://doi.org/10.1080/13563467.2021.1952559
COMOR, E, 2011. Contextualizing and critiquing the fantastic prosumer: Power, alienation and hegemony. Critical Sociology, v. 37, n. 3, p. 309-327. DOI: https://doi.org/10.1177/0896920510378767
CONTE, R. et al. , 2012. Manifesto of computational social science. Eur. Phys. J. Spec. Top., v. 214, p. 325–346. Disponível em: <https://doi.org/10.1140/epjst/e2012-01697-8>. Acesso em: 13 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.1140/epjst/e2012-01697-8
COTRIM, Ivan et al., 2008. Karl Marx: a determinação ontonegativa originária do valor. Tese de doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
CUKIER, Kenneth; MAYER-SCHOENBERGER, Viktor, 2013. The rise of big data: How it’s changing the way we think about the world. The Best Writing on Mathematics 2014, p. 20-32. DOI: https://doi.org/10.1515/9781400865307-003
D'ANDRÉA, Carlos, 2020. Pesquisando plataformas online: conceitos e métodos. Salvador: EDUFBA.
DANTAS, Marcos, 2019. The Financial Logic of Internet Platforms: The Turnover Time of Money at the Limit of Zero. Triple C., v. 17, n. 1. DOI: https://doi.org/10.31269/triplec.v17i1.1088
EYAL, Nir, 2014. Hooked: how to build habit-forming products. New York: Penguin.
ECKER, Ullrich KH et al., 2022. The psychological drivers of misinformation belief and its resistance to correction. Nature Reviews Psychology, v. 1, n. 1, p. 13-29. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s44159-021-00006-y. Acessado em: 10/11/2022. DOI: https://doi.org/10.1038/s44159-021-00006-y
EYSENCK, Michael W.; KEANE, Mark, 2017. Manual de Psicologia Cognitiva. 7ª edição. Artmed Editora.
FACEBOOK. Termos de Serviço. Disponível em: <https://www.facebook.com/terms>. Acesso em: 26 out. 2020.
FACEBOOK, 2020. Building a Better News Feed for You. Disponível em: https://bit.ly/3ogsKUg. Acesso em 20/11/2020.
FONTENELLE, Isleide Arruda; OLIVEIRA, Francisco de, 2000. O nome da marca: McDonald´s, fetichismo e cultura descartável. São Paulo: Editora Boitempo.
FARIAS, Marcio, 2022. O Hércules Quasímodo da psicologia sócio-histórica: ontologia negativa, lutas políticas e dimensão subjetiva da realidade. Tese de doutorado, PPGPS PUC-SP.
FIEDLER, K.; von SYDOW, M., 2015. Heuristics and biases: Beyond Tversky and Kahneman’s (1974) judgment under uncertainty. In; M.W. EYSENCK; D. GROOME (Ed.). Cognitive psychology: Revisiting the classic studies. London: SAGE.
FRANCIS, Gregory, 2012. Publication bias and the failure of replication in experimental psychology. Psychonomic Bulletin & Review, v. 19, p. 975-991. DOI: https://doi.org/10.3758/s13423-012-0322-y
FOUCAULT, Michel. Dits et écrits, 1954-1988, Tome III: 1976-1979. Gallimard, 1994. DOI: https://doi.org/10.14375/NP.9782070739882
FURTADO, Odair 2011. Trabalho e Solidariedade. São Paulo: Cortez,.
FURTADO, Odair; SVARTMAN, Bernardo. Trabalho e alienação. A dimensão subjetiva da realidade: uma leitura sócio-histórica. São Paulo: Cortez, p. 73-115, 2009.
FURTADO, Odair et al., 2022. A Psicologia Sócio-Histórica e os fenômenos estruturantes na sociedade capitalista neoliberal. In: Bock, Ana M. B. et al. (Orgs.). Psicologia sócio-histórica: contribuições à leitura de questões sociais. São Paulo: EDUC: PIPEq.
GALHARDI, Cláudia Pereira et al., 2020. Fato ou Fake? Uma análise da desinformação frente à pandemia da Covid-19 no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 4201-4210. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-812320202510.2.28922020
GEORGE, Gerard; HAAS, Martine R.; PENTLAND, Alex, 2014. Big data and management. Academy of management Journal, vol. 57, n. 2, p. 321-326. DOI: https://doi.org/10.5465/amj.2014.4002
GONÇALVES, Luis H. N., 2023. Máquinas Automágicas: trabalho, mente estendida e subjetividade sob o fetiche da mercadoria. Tese de doutorado, PPGPS PUC-SP. Disponível em: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/36263. Acesso: 8 ago. 2023.
GONÇALVES, L. H. N.; FURTADO, O., 2021 . The fake simple exchange between Facebook and its prosumers. Socioscapes International Journal of Societies, Politics and Cultures, v. 2, p. 181-206.
GONÇALVES, L. H. do N., CASTRO, L. C. de, RACHID, R. R., PENTEADO, B. E., & FORNAZIN, M., 2022. Dimensões subjetivas na Saúde Digital. Liinc Em Revista, 18(2), e6053. https://doi.org/10.18617/liinc.v18i2.6053 DOI: https://doi.org/10.18617/liinc.v18i2.6053
GRAMSCI, Antônio, 2017. Cadernos do cárcere-vol. 5. Editora José Olympio.
HARVEY, David, 2011. The future of the commons. Radical history review, v. 2011, n. 109, p. 101-107. DOI: https://doi.org/10.1215/01636545-2010-017
HARVEY, David, 2012. O enigma do capital. Revista Geografares, n. 10, p. 17-24. DOI: https://doi.org/10.7147/GEO10.2200
HELLER, A, 1976. Theory of Need in Marx. London: Allison & Busby.
KAHNEMAN, Daniel, 2012. Rápido e devagar: duas formas de pensar. Rio de Janeiro: Objetiva.
KRUG, Steve, 2006. Don't Make Me Think! A Common Sense Approach to Web Usability. Berkeley: New Riders.
LEITH, Douglas J., 2021. Mobile Handset Privacy: Measuring The Data iOS and Android Send to Apple And Google. In: International Conference on Security and Privacy in Communication Systems. Springer. Cham, p. 231-251. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-90022-9_12
LEMBKE, Anna, 2021. Dopamine nation: Finding balance in the age of indulgence. Penguin.
LEWANDOWSKY, Stephan; ECKER, Ullrich KH; COOK, John, 2017. Beyond misinformation: Understanding and coping with the “post-truth” era. Journal of applied research in memory and cognition, v. 6, n. 4, p. 353-369. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jarmac.2017.07.008
LUKÁCS, György, 2013. Para uma ontologia do ser social II. São Paulo: Boitempo.
MALABOU, Catherine, 2009. What should we do with our brain? Fordham Univ Press.
MARCONDES FILHO, Ciro, 1985. A linguagem da sedução: a conquista das consciências pela fantasia. São Paulo: Editora Perspectiva.
MARX, Karl. O capital, 1978. Volume I, Capítulo VI (inédito). São Paulo: Ciências Humanas.
MARX, Karl, 2004. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo Editorial.
MARX, Karl, 2011. Grundrisse. São Paulo: Boitempo Editorial.
MARX, Karl, 2013. O Capital. Volume 1, 2ª ed. São Paulo: Boitempo Editorial.
MARX, Karl.; ENGELS, Friedrich, 2007. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo Editorial.
MATZ, Sandra C. et al., 2017. Psychological targeting as an effective approach to digital mass persuasion. Proceedings of the national academy of sciences, v. 114, n. 48, p. 12714-12719. DOI: https://doi.org/10.1073/pnas.1710966114
MÉSZÁROS, István, 2002. Para Além do Capital. São Paulo: Boitempo.
MÉSZÁROS, István, 2020. A crise estrutural do capital. São Paulo: Boitempo Editorial.
MILLER, George A, 1970. Assessment of psychotechnology. American Psychologist, v. 25, n. 11, p. 991. DOI: https://doi.org/10.1037/h0030148
MITHEN, Steven, 2002. A Pré-História da mente: uma busca das origens da arte, da religião e da ciência. São Paulo: Editora UNESP.
MOROZOV, Evgeny, 2018. Big Tech: A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora.
NADKARNI, A., & HOFMANN, S. G., 2012. Why Do People Use Facebook? Personality and individual differences, V.2, 52(3), p. 243–249. DOI: https://doi.org/10.1016/j.paid.2011.11.007
NODDER, Chris, 2013. Evil by Design: Interaction design to lead us into temptation. Indianapolis: John Wiley & Sons, Inc.
NORMAN, Donald A., 2008. Design emocional: por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia-a-dia. Rio de Janeiro: Rocco.
NUZZO, Regina, 2014. Statistical errors. Nature, v. 506, n. 7487, p. 150. DOI: https://doi.org/10.1038/506150a
PENTLAND, Alex, 2012. Society's nervous system: Building effective government, energy, and public health systems. Computer, v. 45, n. 1, p. 31-38. DOI: https://doi.org/10.1109/MC.2011.299
ROOZENBEEK, Jon et al., 2020. Susceptibility to misinformation about COVID-19 around the world. Royal Society open science, v. 7, n. 10, p. 201199. DOI: https://doi.org/10.1098/rsos.201199
SADOWSKI, Jathan, 2019. When data is capital: Datafication, accumulation, and extraction. Big data & society. January 2019. doi:10.1177/2053951718820549 DOI: https://doi.org/10.1177/2053951718820549
SAMSON, A.; VOYER, B., 2012. Two minds, three ways: Dual system and process models in consumer psychology. Academy of Marketing Science Review, v. 2, p. 48–71. DOI: https://doi.org/10.1007/s13162-012-0030-9
SANTOS, Vinícius Oliveira, 2013. Trabalho imaterial e a teoria do valor em Marx. São Paulo: Expressão Popular.
SCHÜLL, Natasha Dow, 2012. Addiction by design. Princeton University Press..
SHAPIRO, Carl; VARIAN, H. R., 1999. Information rules: A strategic guide to the network economy. Harvard: Harvard Business Press.
SIMON, Herbert A., 1955. A behavioral model of rational choice. The quarterly journal of economics, p. 99-118. DOI: https://doi.org/10.2307/1884852
SIMONS, Daniel J.; CHABRIS, Christopher F., 1999. Gorillas in our midst: Sustained inattentional blindness for dynamic events. Perception, v. 28, n. 9, p. 1059-1074. DOI: https://doi.org/10.1068/p2952
SKINNER, Burrhus Frederic, 1974. About behaviorism. Nova Iorque: Knopf.
SOHN-RETHEL, A, 1978. Intellectual and Manual Labour. London: Humanities Press. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-349-15867-6
SRNICEK, Nick, 2017. Platform capitalism. John Wiley & Sons.TAYLOR, Frederick Winslow, 2004. Scientific management. Routledge.
THALER, RH e SUNSTEIN, CR., 2003. Libertarian Paternalism. The American Economic Review, v. 93, n. 175–179. DOI: https://doi.org/10.1257/000282803321947001
THALER, RH e SUNSTEIN, CR., 2018. Nudge: Um Pequeno Empurrão. Alfragide: Lua de Papel.
THALER, RH e SUNSTEIN, CR., 2019. Nudge: como tomar melhores decisões sobre saúde, dinheiro e felicidade. Rio de Janeiro: Objetiva.
THALER, R. H.; SUNSTEIN, C. R.; BALZ, J. P., 2013. Choice architecture. In: E. SHAFIR (Ed.). The behavioral foundations of public policy. Princeton: Princeton University Press. p. 428–439. Disponível em: . Acesso em: 14 jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv550cbm.31
VIEIRA PINTO, Álvaro, 2005. O conceito de tecnologia. Volume 2. Rio de Janeiro: Contraponto.
VIGOTSKI, Lev Semionovich, 2004. Teoria e método em psicologia. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes.
VIGOTSKI, Lev Semionovich, 1980. Atividade e consciência. Práxis: a categoria materialista de prática social. Lisboa: Livros Horizonte, 2: 49-77.
WARD, Jacob, 2022. The Loop: How Technology is Creating a World Without Choices and How to Fight Back. Hachette Books.
WARD, Adrian F. et a.l, 2017. Brain drain: The mere presence of one’s own smartphone reduces available cognitive capacity. Journal of the Association for Consumer Research, v. 2, n. 2, p. 140-154. http://dx.doi.org/10.1086/691462 DOI: https://doi.org/10.1086/691462
WIENER, Norbert, 1970. Cibernética e sociedade: o uso humano de seres humanos. São Paulo: Cultrix.
WU, Tim, 2017. The attention merchants: The epic scramble to get inside our heads. Vintage.
YARKONI, Tal, 2020. The generalizability crisis. Behavioral and Brain Sciences, 1-37. DOI: https://doi.org/10.1017/S0140525X20001685
ZUBOFF, Shoshana, 2021. A Era do Capitalismo de Vigilância. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca.
Downloads
Publicado
Como citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Luís Henrique do Nascimento Gonçalves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Liinc em Revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Consulte a Política de Acesso Livre e Autoarquivamento para informações permissão de depósitos de versões pré-print de manuscritos e artigos submetidos ou publicados à/pela Liinc em Revista.
Liinc em Revista, publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, é licenciada sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional – CC BY 4.0 
