A educação museal e os desafios no antropoceno

Autores

  • Claudia de Moraes Barros Ramalho Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil https://orcid.org/0000-0003-1748-2942
  • Thais Felipe Rosa Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil; Instituto Universitario de Investigaciones Turísticas, Universidad de Alicante, España https://orcid.org/0000-0002-2387-9180
  • Luzia Sigoli Fernandes Costa Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil https://orcid.org/0000-0001-8530-4000

DOI:

https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5837

Palavras-chave:

antropoceno, educação patrimonial, museu, patrimônio cultural

Resumo

O presente artigo apresenta uma revisão bibliográfica acerca da temática dos Museus, da educação patrimonial e museal trazendo um apanhado de artigos científicos no intuito de discutir os museus e a ciência dentro da perspectiva do campo e os desafios no antropoceno, período mais recente de grandes transformações globais. Os textos escolhidos que compõem esta revisão de literatura tratam de assuntos como as práticas educativas nos museus, ciência e arte, patrimônio cultural, consciência histórica, tecnologia e inovação aplicadas aos museus. A partir das leituras foi possível observar um crescente interesse nos estudos envolvendo a temática dos museus e temas afins como patrimônio principalmente no que diz respeito à novas propostas ou propostas inovadoras que conferem aos museus com o uso de tecnologias um papel importante no processo de aprendizagem da sociedade como um todo. Com o surgimento da pandemia em 2021 a busca por novas práticas de acesso aos museus e a conscientização a respeito das ações e responsabilidades que os povos possuem sobre o momento presente e futuro em relação às questões ambientais, políticas, sociais, econômicas e culturais se fazem ainda mais necessárias

Referências

ALCALDE, Gabriel, BOYA, Jusep e ROIGÉ, Xavier, 2010. Museus D´Avui. Els nous Museus de Societat. Girona: Institut Català de Recerca en Patrimoni Cultural.

BASOGAIN, Xabier, OLABE, Miguel Angel, ESPINOSA, Koldo, ROUÈCHE, C. e OLABE, Juan Carlos, 2007. Realidad Aumentada en la Educación: una tecnología emergente. 2007. [Acesso em 02 novembro 2018]. Disponível em: http://files.mediaticos. webnode.es/200000016-a645ea73b3/ realidad%20A..pdf.

BRULON, Bruno, 2015. A invenção do Ecomuseu: o caso do Écomusée du Creusot Montceau-les mines e a prática da museologia experimental. Mana. 2015. vol. 21, no. 2, p. 267-295. [Acesso em 10 dezembro 2018]. DOI 10.1590/0104-93132015v21n2p267. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010493132015000200267&lng=en&nrm=iso. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-93132015v21n2p267

CASANOVA, Pablo Gonzalez, 2006. Interdisciplina e complexidade. Em: As novas ciências e as humanidades: da academia à política. São Paulo, SP: Boitempo. p.11-64.

CASTRO, Fernanda, SOARES, Ozias de Jesus e COSTA, Andréa Fernandes, 2020. Apresentação. Em: Educação Museal: conceitos, história e políticas. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional.

CECILIA, Rafie Raffaella, 2021. COVID-19 Pandemic: Threat or Opportunity for Blind and Partially Sighted Museum Visitors?. Journal of conservation and Museum Studies. 2021. vol. 19, no. 1, p.5. [Acesso em 05 maio 2021]. Disponível em: https://doi.org/10.5334/jcms.200 DOI: https://doi.org/10.5334/jcms.200

CHAGAS, Mario de Souza, 2020. Memória brava da educação museal ou prefácio. Em Educação Museal: conceitos, história e políticas. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional.

CIFUENTES, María Antonia Moreno e SEDANO, Pilar, 2006. La investigación en los laboratorios de restauración de museos históricos. Arbor. 2006. no. 717, p.87-97. [Acesso em 10 janeiro 2019]. Disponível em: http://dx.doi.org/ 10.3989/arbor.2006.i717.12.

CLARK, Penney, 2018. History Education Debates: Canadian Identity, Historical Thinking and Historical Consciousness. Arbor. 2018. vol. 194, no. (788): a441. [Acesso em 10 janeiro 2019]. Disponível em: https://doi.org/10.3989/arbor.2018.788n2001. DOI: https://doi.org/10.3989/arbor.2018.788n2001

CRAPS, Stef, CROWNSHAW, Rick, WENZEL, Jennifer, KENNEDY, Rosanne, COLEBROOK, Clare, NARDIZZI, Vin, 2018. Memory studies and the Anthropocene: a roundtable. Memory Studies. vol. 11, no. 4, p. 498 –515, 2018. [Acesso em 15 janeiro 2019]. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/320311235_Memory_Studies_and_the_Anthropocene_A_Roundtable DOI: https://doi.org/10.1177/1750698017731068

CUENCA-LÓPEZ, José Maria, PUCHE, Sebastián Molina e CÁCERES, Myriam J. Martin, 2018. Identidad, ciudadanía y patrimonio: análisis comparativo de su tratamiento didáctico en museos de Estados Unidos y España. Arbor. 2018. vol. 194, no. (788): a447. [Acesso em 10 janeiro 2019]. Disponível em: https://doi.org/10.3989/arbor.2018.788n2007. DOI: https://doi.org/10.3989/arbor.2018.788n2007

FERNÁNDEZ, Luis Alonso, 2003. Introducción a la nueva Museología. Madrid: Alianza Editorial.

FONTAL, Olaia, 2003. La educación patrimonial: teoría y práctica en el aula, el museo e Internet. Gijón: Trea.

GUERRA, Jorge Fernández, 2006. La innovación en el ámbito de la gestión cultural: un ejemplo concreto. Arbor. 2006. vol. CLXXXII, no. 717, p. 39-46. [Acesso em 10 janeiro 2019]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3989/arbor.2006.i717.6. DOI: https://doi.org/10.3989/arbor.2006.i717.6

HALBWACHS, Maurice, 1925. Les cadres sociaux de la mémoire. Paris: Presses Universitaires de France.

HARAWAY, Donna, 2016. Antropoceno, capitaloceno, plantationoceno, chthuluceno: fazendo parentes. ClimaCom. 2016. vol. 3, n0. (5), p. 139-148, 2016.[Acesso em 10 janeiro 2019]. Disponível em: http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/antropoceno-capitaloceno-plantationoceno-chthuluceno-fazendo-parentes/

IBÁÑEZ-ETXEBERRIA, Alex, FONTAL MERILLAS, Olaia e RIVERO GRACIA, Pilar, 2018. Educación patrimonial y TIC en España: marco normativo, variables estructurantes y programas referentes. Arbor. 2018. vol. 194, no. (788): a448. [Acesso em 10 janeiro 2019]. Disponível em: https://doi.org/10.3989/arbor.2018.788n2008.2018 DOI: https://doi.org/10.3989/arbor.2018.788n2008

JANES, Robert, 2007. Museums, social responsibility and the future we desire. Em: Museum revolutions: How museums change and are changed. New York: Routledge, p. 134-146.

LÜDKE, Menga e ANDRÉ, Marli, 1986. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária.

MATA, Rafael, 2008. El paisaje, patrimonio y recurso para el desarrollo territorial sostenible: conocimiento y acción pública. Arbor. 2008. vol. 184, no. 729, p. 155-172. [Acesso em 08 novembro 2018]. Disponível em: http://arbor.revistas.csic.es/index.php/arbor/article/view/168/168.

MONFORT, Neus Gonzalez, 2007. L’ús didàctic i el valor educatiu del patrimoni cultural.Tese (Doutorado em 2007). Barcelona: Universidad Autónoma de Barcelona. [Acesso em 03 dezembro 2018]. Disponível em: https://www.tesisenred.net/bitstream/handle/10803/4673/ngm1de1.pdf?sequence=1&isAllowed=y 2007.

NEVES, José Luis, 1996. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Caderno de pesquisas em administração. 1996. vol. 1, no. 3, p. 1-5.[Acesso em 05 novembro 2018]. Disponível em: https://www.hugoribeiro.com.br/biblioteca-digital/NEVES-Pesquisa_Qualitativa.pdf

ORTEGA RUIZ, Pedro e MÍNGUEZ VALLEJOS, Ramon, 1997. El reto de la educación intercultural. Teoría de la Educación. 1997. vol. 9, p. 41-53. [Acesso em 06 novembro 2018]. Disponível em: http://revistas.usal.es/index.php/1130-3743/article/view/3126/3154.

PALACIOS, Marcos, 2019. Cultura e Memória: fases e escalas dos estudos de memória e o desafio do antropoceno. Observatório. 2019. vol. 5, no. 4, p. 749-770. [Acesso em 20 agosto 2019]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v5n4p749. DOI: https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v5n4p749

RODRIGUES, Meghie, 2017. O Antropoceno em disputa. Ciência Cultural. 2017. vol. 69, no. 1, p. 19-22. [Acesso em 13 outubro 2018]. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252017000100010&Ing=en&nrm=iso DOI: https://doi.org/10.21800/2317-66602017000100010

VELHO, Léa, 2011. Conceitos de Ciência e a Política Científica, Tecnológica e de Inovação. Sociologias. 2011. vol. 13, no. 26, p. 128-153. [Acesso em 11 novembro 2018]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-45222011000100006 DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-45222011000100006

MUSEU DO AMANHÃ. Para interagir, sentir e pensar. Em: Exposições [em linha]. Museu do Amanhã, 2018 [consult. 2018-12-05]. Disponível em: https://museudoamanha.org.br/pt-br/exposicoes.

MUSEU DA FAVELA. Sobre o Museu da Favela. Em: sobre [em linha]. Museu da Favela, 2021 [consult. 2021-05-15]. Disponível em: https://www.museudefavela.org/sobre-o-muf/.

MUSEU MEMORIAL PRETOS NOVOS. Sobre o Museu Memorial Pretos Novos. Em: sobre [em linha]. Museu Memorial Pretos Novos, 2021 [consult. 2021-05-05]. Disponível em: https://pretosnovos.com.br/museu-memorial/.

MITRE, Maya, 2016. As relações entre ciência e política, especialização e democracia: a trajetória de um debate em aberto. Estudos Avançados. 2016. vol. 30, no. 87, p. 279-298. [Acesso em maio 2018]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142016000200279. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142016.30870016

POLLAK, Michael, 1992. Memória e identidade social. Estudos Históricos. 1992. vol. 5, no. 10, p. 200-212. [Acesso em 06 novembro 2018]. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1941/1080.

RODRÍGUEZ, Miguel Somoza, 2011. Musealización del patrimonio educativo de los institutos históricos de Madrid: propuestas para un museo virtual. Arbor. 2011. vol. 187, no. 749, p.573-582. [Acesso em 03 maio 2018]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3989/arbor.2011.749n3010. DOI: https://doi.org/10.3989/arbor.2011.749n3010

SANTACANA MESTRE, Joan e MARTÍNEZ GIL, Tania, 2018. El patrimonio cultural y el sistema emocional: un estado de la cuestión desde la didáctica. Arbor. 2018. vol. 194, no. (788): a446. [Acesso em 02 fevereiro 2019]. Disponível em: https://doi.org/10.3989/arbor.2018.788n2006. DOI: https://doi.org/10.3989/arbor.2018.788n2006

SANTOS, Luiz Fernando Amaral dos, 2006. Metodologia da Pesquisa Científica II. Faculdade Metodista de Itapeva.[Acesso em 15 dezembro 2018]. Disponível em: https://www.monografias.com/pt/docs/Metodologia-de-pesquisa-P3AWX6D78LCP

SCHIELE, Bernard, 2010. Els museus de societat i les sevs identitats en l´era de la globalització. Em: Museus de Avui.Els Nous Musues e Societat. Barcelona.

SOARES, Bruno César Brulon e SCHEINER, Tereza Cristina Moletta, 2009. A ascensão dos museus comunitários e os patrimônios ‘comuns’: um ensaio sobre a casa. Em: Encontro Nacional de pesquisa em ciência da informação [em linha]. João Pessoa, PB: Anais; UFPB. 2009. [Acesso em 05 dezembro 2018]. Disponível em: http://hdl.handle.net/123456789/696

STEHR, Nico e CANÊDO, Joana, 2008. Liberdade é filha do conhecimento?. Tempo Social. 2008. vol. 20, no. 2, p. 221-234. [Acesso em 04 maio 2018]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script =sci_arttext&pid=S010320702008000200011&lng=en&tlng=en&refineString=null&timeSpan=null&SID=2BUMX81zP8xPg6CXza3. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20702008000200011

STERLING, German Adolfo Ocampo, 2011. Representações museográficas na fronteira: museo de la Tierra Guarani (Hernandarias/Paraguai) e Ecomuseu (Foz de Iguaçu/Brasil). Dissertação (Mestrado em História). Paraná, PR: Universidade Estadual do Oeste do Paraná. [Acesso em 03 dezembro 2018]. Disponível em: http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1776.

TSING, Anna, 2015. Feral Biologies. Em: Paper for Anthropological Visions of Sustainable Futures. London: University College London.

VICENT, Nayara, RIVERO, Pilar e FELIU, Maria, 2015. Arqueología y tecnologías digitales en Educación Patrimonial, Educativo. Siglo XXI. 2015. vol. 33, no. 1, p. 83-102. [Acesso em 01 dezembro 2018]. Disponível em: https://doi. org/10.6018/j/222511. DOI: https://doi.org/10.6018/j/222511

VILLALPANDO, María Eugenia Rabadán, 2017. La estructura de las revoluciones científicas según Thomas Kuhn en el análisis de la historia del arte. Arbor. 2017. vol. 193, no. 783, p.1-13. [Acesso em 12 dezembro 2018]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3989/arbor.2017.783n1003. DOI: https://doi.org/10.3989/arbor.2017.783n1003

Downloads

Publicado

04/04/2022

Como citar

RAMALHO, C. de M. B.; ROSA , T. F.; COSTA, L. S. F. A educação museal e os desafios no antropoceno. Liinc em Revista, [S. l.], v. 18, n. 1, p. e5837, 2022. DOI: 10.18617/liinc.v18i1.5837. Disponível em: https://revista.ibict.br/liinc/article/view/5837. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Desafios das Ciências sociais no Antropoceno