REPOSICIONAMENTO ESTRATÉGICO DO MODELO DE NEGÓCIO DO SENAI-DISTRITO FEDERAL
resultados da aplicação da ferramenta FIVE-V
DOI:
https://doi.org/10.21728/p2p.2025v12n1e-7664Palavras-chave:
inovação, FIVE-V, modelo de negocioResumo
Este artigo analisa o modelo de negócio do SENAI, à luz da ferramenta FIVE-V, com o objetivo de propor inovações orientadas à transformação digital, à industrialização e ao desenvolvimento sustentável do setor da construção civil e demais indústrias no Distrito Federal. A hipótese é que, apesar de existirem oportunidades relevantes para posicionar o SENAI como referência em educação profissional e serviços tecnológicos e de inovação voltados para a industrialização, há desafios como a baixa percepção do setor produtivo e limitações operacionais. A pergunta que orienta a pesquisa é: como aprimorar o modelo de negócio do SENAI para fortalecer sua atuação como vetor de inovação e competitividade industrial no DF? Para isso, foram registradas informações em nove espaços de inovações, contemplando a aplicabilidade da ferramenta FIVE-V; análise SWOT e seus cruzamentos; definição de eixos estratégicos de atuação; definição de vocações por unidade; mapa mental estratégico e construção de plano de ação integrado. Como resultado, propõe-se um modelo de negócio baseado nos principais temas relacionados à indústria 4.0, por meio de unidades vocacionadas, portifólio integrado (educação, tecnologia e inovação), processos otimizados por tecnologias digitais e articulação em rede com ecossistemas de inovação. A principal contribuição do artigo é demonstrar que a inovação em modelos de negócio em uma empresa sem fins lucrativos, como o SENAI, exige competências empreendedoras voltadas à visão estratégica, articulação interinstitucional e gestão de inovação e mudança.
Downloads
Referências
ALVESSON, M.; SKÖLDBERG, K. Reflexive Methodology: New Vistas for Qualitative Research. 2. ed. London: SAGE Publications, 2009.
AYALA, J. C.; MANZANO, G. The resilience of the entrepreneur: Influence on the success of the business. A longitudinal analysis. Journal of Economic Psychology, v. 42, p. 245, 2014. DOI: 10.1016/j.joep.2014.02.004.
BOCKEN, N. M. P. et al. A literature and practice review to develop sustainable business model archetypes. Journal of Cleaner Production, v. 65, p. 42–56, 2014. DOI: 10.1016/j.jclepro.2013.11.039.
BRASIL. Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). Estratégia Nacional de Disseminação do BIM. Brasília, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/assuntos-estrategicos/bim. Acesso em: 31 maio 2025.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Nova Indústria Brasil – NIB. Brasília, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/mdic/pt-br/assuntos/industria/nova-industria-brasil. Acesso em: 31 maio 2025.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Nova Indústria Brasil: plano de ação 2024–2026. Brasília, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/mdic/pt-br/composicao/se/cndi/plano-de-acao/nova-industria-brasil-plano-de-acao-2024-2026-1.pdf. Acesso em: 01 jun. 2025.
BRASIL. Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Programa Brasil Mais Produtivo. Brasília, 2016. Disponível em: https://www.gov.br/mdic/pt-br/assuntos/industria/programas-e-projetos/brasil-mais-produtivo. Acesso em: 31 maio 2025.
BRASIL. Decreto-Lei nº 4.048, de 22 de janeiro de 1942. Cria o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, 23 jan. 1942. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1937-1946/Del4048.htm. Acesso em: 14 jun. 2025
CHESBROUGH, H. W. Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology. Boston: Harvard Business School Press, 2003.
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI). Importância da Indústria. Brasília, 2024. Disponível em:
https://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/importancia-da-industria. Acesso em: 01 jun. 2025.
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI). Perfil da Indústria no Distrito Federal. Brasília, 2024. Disponível em:
https://perfildaindustria.portaldaindustria.com.br/estado/df. Acesso em: 01 jun. 2025.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.
DRUCKER, P. F. Innovation and Entrepreneurship: Practice and Principles. New York: Harper & Row, pg. 7 a 9, 1984.
FIBRA. História da FIBRA. Sistema Fibra. Disponível em:
https://www.sistemafibra.org.br/fibra/historia. Acesso em: 14 jun. 2025.
FILION, L. J. Visão e relações: elementos para um metamodelo empreendedor. Revista de Administração. São Paulo, abr./jun. 1993.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, p. 175-177, 2008.
HANSEATIC PARLIAMENT. Vocational Education and Training in Germany. Hamburg: Hanseatic Parliament, 2015. Disponível em: https://www.hanse-parlament.eu. Acesso em: 31 maio 2025.
HILL, T.; WESTBROOK, R. SWOT analysis: it's time for a product recall. Long Range Planning, v. 30, n. 1, p. 46-52, 1997.
HOGEFORSTER, M.; DÖDING, W. Vocational Training in Germany – a success story. Hamburg: Baltic Sea Academy, 2012. Disponível em: https://www.baltic-sea-academy.eu. Acesso em: 08 jun. 2025.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing: a bíblia do marketing. 14. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
KURATKO, D. F.; HODGETTS, R. M. Entrepreneurship: Theory, Process, and Practice. 6. ed. Mason, Ohio: South-Western College Publishing, 2004.
MAN, T. W. Y.; LAU, T. Entrepreneurial competencies of SME owner/managers in the Hong Kong services sector: A qualitative analysis. Journal of Enterprising Culture, v. 8, n. 3, 2000.
MCKINSEY & COMPANY. The future of work in America: people and places today and tomorrow. 2019. Disponível em: https://www.mckinsey.com/featured-insights/future-of-work/the-future-of-work-in-america-people-and-places-today-and-tomorrow. Acesso em: 31 maio 2025.
MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E ENERGIA DA ALEMANHA (BMWK). Industrie 4.0 Dossier. Disponível em: https://www.bmwk.de/Redaktion/EN/Dossier/industrie-40.html. Acesso em: 31 maio 2025.
OECD; EUROSTAT. Oslo Manual 2018: Guidelines for Collecting, Reporting and Using Data on Innovation. 4th ed. Paris: OECD Publishing, 2020.
PANAGIOTOU, G. Bringing SWOT into focus. Business Strategy Review, v. 14, n. 2, p. 8-10, 2003.
PORTAL DA INDÚSTRIA. Mapa do Trabalho Industrial 2025–2027: confira a demanda de profissionais por estado. 2024. Disponível em:
https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/trabalho/mapa-do-trabalho-2025-2027-confira-a-demanda-de-profissionais-por-estado/. Acesso em: 31 maio 2025.
SENAI. Sobre o SENAI. Portal da Indústria. Brasília: Confederação Nacional da Indústria – CNI, 2025. Disponível em: https://www.portaldaindustria.com.br/senai/. Acesso em: 14 jun. 2025.
SENAI-DF. Relatório de Gestão 2024. Brasília: SENAI Departamento Regional do Distrito Federal, 2024.
SCHUMPETER, J. A. The Theory of Economic Development: An Inquiry into Profits, Capital, Credit, Interest, and the Business Cycle. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1934.
TARAN, Y. et al. Business model configurations: a Five-V framework to map out potential innovation routes. European Journal of Innovation Management, v. 19, n. 4, p. 492–527, 2016.
TEECE, D. J.; PISANO, G.; SHUEN, A. Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, v. 18, n. 7, p. 509–533, 1997. DOI: 10.1002/(SICI)1097-0266(199708)18:7<509::AID-SMJ882>3.0.CO;2-Z. Acesso em: 08 jun. 2025.
TIMMONS, J. A.; SPINELLI, S. New Venture Creation: Entrepreneurship for the 21st Century. 7. ed. New York: McGraw-Hill/Irwin, 2007.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
ZOTT, C.; AMIT, R.; MASSA, L. The business model: recent developments and future research. Journal of Management, v. 37, n. 4, p. 1019–1042, 2011.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Kallinny Dutra, Sônia Marise Salles Carvalho, Tânia Cristina da Silva Cruz, Tiago Magalhães Machado

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A revista é publicada sob a licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 4.0 Internacional.
O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.
Os textos são de responsabilidade de seus autores.
É permitida a reprodução total ou parcial dos textos da revista, desde que citada a fonte.







