Governança compartilhada para redes interorganizacionais de segurança pública

o case da paralização dos caminhoneiros 2018

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21721/p2p.2020v6n2.p156-177

Palavras-chave:

Gestão do conhecimento, Transferência do conhecimento, Economia organizacional

Resumo

O contexto da sociedade do conhecimento tem emergido a efetividade das Redes Interorganizacionais como estratégia para dar conta da crescente complexidade do ambiente organizacional. Para resultados efetivos essas Redes Interorganizacionais necessitam de uma governança que permita o alcance dos objetivos comuns, o que demanda o estabelecimento de mecanismos adequados Em um país cujo modal rodoviário é responsável por 80% da movimentação das riquezas, a paralização dos caminhoneiros em 2018 demandou articulação entre diversas organizações de segurança pública para atuar nesta situação complexa. Este artigo tem como objetivo analisar a influência dos mecanismos de governança das Redes Interorganizacionais para a melhoria da atuação da segurança pública em situações complexas. A análise do relatório produzido pelo Comitê de Crise da PRF durante o movimento sinaliza a necessidade da formação de uma Rede Interorganizacional na segurança pública, a fim de uma atuação mais efetiva nas diversas situações complexas que envolvem este setor.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Djairlon Henrique Moura, Polícia Rodoviária Federal
    Chefe da Seção de Operações da Superintendência Regional no Rio Grande do Norte. Polícia Rodoviária Federal.
  • Patricia de Sá Freire, Universidade Federal de Santa Catarina
    Professora Doutora do Departamento de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina.
  • Fernanda Kempner Kempner-Moreira, Universidade Federal de Santa Catarina
    Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina (EGC/UFSC)

Referências

ABEBE, G. K.; CHALAK, A.; ABIAD, M. G. The effect of governance mechanisms on food safety in the supply chain: Evidence from the Lebanese dairy sector. Journal of the Science of Food and Agriculture, [s. l.], v. 97, n. 9, p. 2908-2918, Jul 2017.

ALASOINI, T. Learning networks as a vehicle for improving the generative capacity of working-life development programmes. Action Research, [s. l.], v. 16, n. 1, p. 105-122, 2018.

ALVAREZ, G.; PILBEAM, C.; WILDING, R. Nestlé Nespresso AAA sustainable quality program: An investigation into the governance dynamics in a multi-stakeholder supply chain network. Supply Chain Management, [s. l.], v. 15, n. 2, p. 165-182, 2010.

ANGELIS, C. T. A Emergência da Reforma do Estado Brasileiro: governança compartilhada e o modelo do novo serviço público. Planejamento e políticas públicas, Brasília, n. 45, p. 13-46, 2015.

ANSELL, C.; GEYER, R. ‘Pragmatic complexity’a new foundation for moving beyond ‘evidence-based policy making’? Policy Studies, [s. l.], v. 38, n. 2, p. 149-167, 2017.

ATASHZADEH-SHOORIDEH, F. et al. Factors predisposing to shared governance: a qualitative study. BMC Nursing, [s. l.], v. 18, n. 1, p. 9, March 12 2019.

BAUER, R. Gestão da mudança: caos e complexidade nas organizações. São Paulo: Atlas, 1999.

BBC BRASIL. Greve dos Caminhoneiros: a cronologia dos 10 dias que pararam o Brasil. a cronologia dos 10 dias que pararam o Brasil. 2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44302137. Acesso em: 30 mar 2019.

BERNSTEIN, L. Beyond relational contracts: Social capital and network governance in procurement contracts. Journal of Legal Analysis, [s. l.], v. 7, n. 2, p. 561-621, 2015.

BRASIL. Lei nº 13.675, de 11 de Junho de 2018. Institui o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e cria a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), Diário Oficial da União: seção: 1, Brasília, DF, Edição: 111, p. 4-8, jun. 2018.

BRITO, R. P.; MIGUEL, P. L. S. Power, Governance, and Value in Collaboration: Differences between Buyer and Supplier Perspectives. Journal of Supply Chain Management, [s. l.], v. 53, n. 2, p. 61-87, 2017.

BUTLER, W.; GOLDSTEIN, B. E. The US Fire Learning Network: springing a rigidity trap through multiscalar collaborative networks. Ecology and Society, [s. l.], v. 15, n. 3, 2010.

CHANDRA, D. R.; VAN HILLEGERSBERG, J. Governance of inter-organizational systems: a longitudinal case study of Rotterdam's Port Community System. Ijispm-International Journal of Information Systems and Project Management, [s. l.], v. 6, n. 2, p. 47-68, 2018.

COSTA, A. C.; BIJLSMA-FRANKEMA, K. Trust and control interrelations - New perspectives on the trust-control nexus. Group & Organization Management, [s. l.], v. 32, n. 4, p. 392-406, Aug 2007.

CUNHA, J. A. C.; PASSADOR, J. L.; PASSADOR, C. S. Recomendações e apontamentos para categorizações em pesquisas sobre redes interorganizacionais. Cadernos EBAPE. br, [s. l.], v. 9, p. 505-529, 2011.

DE NONI, I.; GANZAROLI, A.; ORSI, L. The evolution of OSS governance: a dimensional comparative analysis. Scandinavian Journal of Management, [s. l.], v. 29, n. 3, p. 247-263, Sep 2013.

DE REUVER, M.; BOUWMAN, H. Governance mechanisms for mobile service innovation in value networks. Journal of Business Research, [s. l.], v. 65, n. 3, p. 347-354, 2012.

DUTRA, F. A. F.; ERDMANN, R. H. Uma nova abordagem para o estudo do planejamento e controle da produção (PCP): a ótica da Teoria da Complexidade. Revista GEPROS, [s. l.], n. 1, p. 195, 2006.

ERDMANN, R. H.; KEMPNER-MOREIRA, F. Gestão eficiente de organização de saúde: do diagnóstico à melhoria da gestão. ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 34., 2010, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos [...]. Rio de Janeiro: EnANPAD, 2010. Disponível em: http://www.anpad.org.br/diversos/down_zips/53/gol2383.pdf. Acesso em: 19 mar. 2019.

FEIOCK, R. C. Metropolitan governance and institutional collective action. Urban Affairs Review, [s. l.], v. 44, n. 3, p. 356-377, 2009.

FREIRE, P. S. et al. Vantagem da complexidade: desenvolvimento organizacional para o enfrentamento da hipercompetitividade. Revista Espacios, Caracas, v. 34, n. 6, p. 14, 2013.

G1. Cronologia: Greve dos Caminhoneiros. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/cronologia-greve-dos-caminhoneiros.ghtml. Acesso em: 25 mar 2019.

GARAU, C.; BALLETTO, G.; MUNDULA, L. A Critical Reflection on Smart Governance in Italy: Definition and Challenges for a Sustainable Urban Regeneration. In: BISELLO, A. et al (ed.). Smart and Sustainable Planning for Cities and Regions: Results of Sspcr 2015, Switzerland: Spring, 2017. p. 235-250. (Green Energy and Technology).

GOLDSTEIN, B. E. Collaborative resilience: Moving through crisis to opportunity. Cambridge, MA: MIT Press, 2012.

GOLDSTEIN, B. E.; BUTLER, W. H.. Expanding the scope and impact of collaborative planning: combining multi-stakeholder collaboration and communities of practice in a learning network. Journal of the American Planning Association, [s. l.], v. 76, n. 2, p. 238-249, 2010.

GURCAYLILAR-YENIDOGAN, T.; WINDSPERGER, J. Complementarity between formal and relational governance mechanisms in inter-organizational networks: Combining resource-based and relational governance perspectives. In: WINDSPERGER, J. et al. (ed.). Interfirm Networks: Franchising, Cooperatives and Strategic Alliances. Switzerland: Spring, 2015. p. 229-248.

HARRIGAN, K. R. Strategies for Joint Ventures. Lexington Books: Lexington, MA, 1985.

HENTTONEN, K.; LAHIKAINEN, K.; JAUHIAINEN, T. Governance Mechanisms in Multi-Party Non-Profit Collaboration. Public Organization Review, [s. l.], v. 16, n. 1, p. 1-16, 2016.

HERNANDEZ-ESPALLARDO, M.; RODRIGUEZ-OREJUELA, A.; SANCHEZ-PEREZ, M. Inter-organizational governance, learning and performance in supply chains. Supply Chain Management-an International Journal, [s. l.], v. 15, n. 2, p. 101-114, 2010. ISSN 1359-8546.

KANG, R.; ZAHEER, A. Determinants of alliance partner choice: Network distance, managerial incentives, and board monitoring. Strategic Management Journal, [s. l.], v. 39, n. 10, p. 2745-2769, 2018.

KEMPNER-MOREIRA, F.; FREIRE, P.S.; SOUZA, J.A. Os Cinco Estágios de Evolução das Redes Interorganizacionais. Revista Organizações em Contexto, São Paulo, 2019. No prelo.

KIM, J. Networks, network governance, and networked networks. International Review of Public Administration, [s. l.], v. 11, n. 1, p. 19-34, 2006.

KNIGHT, L. Network learning: exploring learning by interorganizational networks. Human Relations, London, England, v. 55, n. 4, p. 427-454, 2002.

KISSLER, L.; HEIDEMANN, F. G. Governança pública: novo modelo regulatório para as relações entre Estado, mercado e sociedade? Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 40, n. 3, p. 479-499, 2006.

KOHTAMÄKI, M. Relationship governance and learning in partnerships. Learning Organization, [s. l.], v. 17, n. 1, p. 41-57, 2010.

LEE, I. W.; FEIOCK, R. C.; LEE, Y. Competitors and Cooperators: A Micro-Level Analysis of Regional Economic Development Collaboration Networks. Public Administration Review, [s. l.], v. 72, n. 2, p. 253-262, 2012.

LEW, Y. K.; SINKOVICS, R. R.; KUIVALAINEN, O. Upstream internationalization process: Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance. International Business Review, [s. l.], v. 22, n. 6, p. 1101-1120, 2013.

LIMA, C. R. M. et al. A Competência comunicativa na administração discursiva de organizações. Informação@ Profissões, Londrina, v. 7, n. 1, p. 03-30, 2018.

LIMA, C. M.; KEMPNER-MOREIRA, F.; TISCOSKI, G. P. Discurso e aprendizagem em organizações complexas. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINSITRAÇÃO, 34., 2010, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: ANPAD, 2010.

LIN, H. M. et al. How to manage strategic alliances in OEM-based industrial clusters: Network embeddedness and formal governance mechanisms. Industrial Marketing Management, [s. l.], v. 41, n. 3, p. 449-459, 2012.

LUHMANN, N. Novos desenvolvimentos na teoria dos sistemas. In: NEVES, C. E. B.; SAMIOS, E. M. B. Niklas Luhmann: a nova teoria dos sistemas. Porto Alegre: UFRGS, 1997.

MARIOTTI, H. As paixões do ego: complexidade, política e solidariedade. 2 ed. São Paulo: Palas Athena, 2002.

MARTINS, G. S. et al. Supply chain relationships: Exploring the effects of both relational and structural embeddedness on operational performance. International Journal of Procurement Management, [California], v. 10, n. 5, p. 639-664, 2017.

MASIELLO, B.; IZZO, F.; CANORO, C. The structural, relational and cognitive configuration of innovation networks between SMEs and public research organisations. International Small Business Journal, [California], v. 33, n. 2, p. 169-193, Mar 2015.

MORAGUES-FAUS, A. M.; ORTIZ-MIRANDA, D. Governing cooperative quality schemes Lessons from olive oil initiatives in Valencia (Spain). Outlook on Agriculture, [California], v. 41, n. 1, p. 27-33, Mar 2012.

MORGAN, G. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2007.

PODOLNY, J. M.; PAGE, K. L. Network Forms of Organization. Annual Review of Sociology, [s. l.], v. 24, p. 57-76, 1998.

PORTAL IG. Greve de caminhoneiros colocou Petrobras em xeque e expôs dependência rodoviária. Gabriel Guedes. Brasil Econômico, 19 dez. 2018. Disponível em: https://economia.ig.com.br/2018-12-19/greve-dos-caminhoneiros-retrospectiva.html. Acesso em: 19 mar. 2019.

PROVAN, K. G.; KENIS, P. Modes of Network Governance: Structure, Management, and Effectiveness. Journal of Public Administration Research and Theory, [s. l.], v. 18, n. 2, p. 229-252, 2008.

PROVAN, K. G.; FISH, A.; SYDOW, J. Interorganizational networks at the network level: A review of the empirical literature on whole networks. Journal of Management, Índia, v. 33, n. 3, p. 479-516, 2007.

RODRIGUEZ, D.; ARNOLD, M. Sociedad y teoría de sistemas. Santiago: Universitária, 1991.

ROEHRICH, J. K.; LEWIS, M. A. Towards a model of governance in complex (product-service) inter-organizational systems. Construction Management and Economics, [s. l.], v. 28, n. 11, p. 1155-1164, 2010.

SCARBROUGH, H.; AMAESHI, K. Knowledge Governance for Open Innovation: Evidence from an EU R&D Collaboration. In: FOSS, N. J.; MICHAILOVA, S. (ed.). Knowledge Governance: Processes and Perspectives, 2009. p. 220-246.

STOREY, C. et al. Governing embedded partner networks: Certification and partner communities in the IT sector. International Journal of Operations and Production Management, [s. l], v. 38, n. 9, p. 1709-1734, 2018.

TANG, P. et al. Leveraging intergovernmental and cross-sectoral networks to manage nuclear power plant accidents: A case study from China. Journal of Cleaner Production, [s. l], v. 162, p. 1551-1566, 2017.

TRINDADE, Arthur. Estado, governança e segurança pública no Brasil: Uma análise das secretarias estaduais de Segurança Pública. Dilemas-Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, Rio de Janeiro, v. 8, n. 4, p. 607-632, 2015.

WEGNER, D.; FACCIN, K.; DOLCI, P. C. Opening the black box of small-firm networks: Governance mechanisms and their impact on social capital. International Journal of Entrepreneurship and Small Business, [s. l], v. 35, n. 4, p. 559-578, 2018.

WEGNER, D.; KOETZ, C. The influence of network governance mechanisms on the performance of small firms. International Journal of Entrepreneurship and Small Business, [s. l], v. 27, n. 4, p. 463-479, 2016.

WILLEM, A.; GEMMEL, P. Do governance choices matter in health care networks?: An exploratory configuration study of health care networks. BMC Health Services Research, [New York], v. 13, n. 1, 2013.

YASER BANIHASHEMI, S.; LIU, L. Lean governance: A paradigm shift in inter-organizational relationships (IORs) governance. CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL GROUP FOR LEAN CONSTRUCTION, 20., 2012. San Diego. Anais [...]. San Diego, 2012. Disponível em: https://iglcstorage.blob.core.windows.net/papers/attachment-82034cde-8a9f-47d4-b744-0128b9c7d84c.pdf. Acesso em: 12 dez. 2019.

Downloads

Publicado

14/03/2020

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Governança compartilhada para redes interorganizacionais de segurança pública: o case da paralização dos caminhoneiros 2018. P2P E INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, v. 6, n. 2, p. 156–177, 2020. DOI: 10.21721/p2p.2020v6n2.p156-177. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/5157.. Acesso em: 18 maio. 2024.

Artigos Semelhantes

11-20 de 137

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)