DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO DOMÉSTICO ACADÊMICO

o caso de uma universidade pública no sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21728/p2p.2024v10n2e-6678

Palavras-chave:

Gênero, Divisão Sexual do Trabalho., Trabalho doméstico acadêmico., Trabalho feminino, Universidades

Resumo

O conceito de trabalho doméstico acadêmico refere-se aos serviços desempenhados nas instituições de ensino superior por acadêmicos, tanto homens quanto mulheres, os quais não recebem amplo reconhecimento no contexto da carreira ou na definição de excelência acadêmica. Geralmente, essas atividades são desempenhadas por mulheres que as realizam em paralelo às responsabilidades de ensino e pesquisa, o que pode ter um impacto negativo no desenvolvimento de suas carreiras. Este artigo examina a divisão sexual do trabalho acadêmico administrativo em uma universidade pública brasileira. O estudo revela a predominância de homens em posições mais estratégicas, enquanto as mulheres tendem a ocupar posições consideradas menos estratégicas, associadas ao conceito de trabalho doméstico acadêmico. Os resultados da pesquisa corroboram com estudos anteriores e evidenciam que, no Brasil, a academia pode estar enfrentando uma situação semelhante à observada em outros países no que diz respeito à divisão sexual do trabalho doméstico acadêmico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BNDES (org.). Política de Equidade de Gênero e Valorização da Diversidade. 2018. Disponível em: https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/desenvolvimento-sustentavel/o-que-nos-orienta/outras-politicas-e-regulamentos/politica-genero-diversidade. Acesso em: 18 jun. 2022.

Biroli, F. Gênero e desigualdades: limites da democracia no brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 26 jun. 2022.

FILIPEK, Danielle Docka; STONE, Lindsey B. Twice a “housewife”: On academic precarity, “hysterical” women, faculty mental health, and service as gendered care work for the “university family” in pandemic times. Gender, Work & Organization, 28, 2158-2179. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1111/gwao.12723. Acesso em 19 jun.2022. DOI: https://doi.org/10.1111/gwao.12723

FILIZZOLA, Luísa; SOUZA, Letícia Godinho de. As desigualdades de gênero no serviço público. 2021. Publicado em Estadão blogs [online]. Disponível em: https://12ft.io/proxy?q=https%3A%2F%2Fpolitica.estadao.com.br%2Fblogs%2Fgestao-politica-e-sociedade%2Fas-desigualdades-de-genero-no-servico-publico%2F. Acesso em: 17 jul. 2022.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo : Atlas, 2002.

GRANGEIRO, Rebeca, MILITÃO, Maria Luciana. Mulheres na Gestão Universitária: trajetória profissional, vivências e desafios. Revista Ciências Administrativas, v. 26, n. 3, 2020. DOI: https://doi.org/10.5020/2318-0722.2020.26.3.9506

HEIJSTRA, Thamar, STEINTHORSDÓTTIR, Finnborg, EINARSDÓTTIR, Thorgerdur. Academic career making and the double-edged role of academic housework. Gender and Education, v.29, n.6, p.764-780, 2016. DOI: https://doi.org/10.1080/09540253.2016.1171825

HEIJSTRA, Thamar, EINARSDÓTTIR, Thorgerdur, PÉTURSDÓTTIR, Gyoa, STEINÞÓRSDÓTTIR, Finnborg. Testing the concept of academic housework in a European setting: Part of academic career-making or gendered barrier to the top? European Educational Research Journal, v.16, p. 200 – 214, 2017. DOI: https://doi.org/10.1177/1474904116668884

HIRATA, H.; KERGOAT, D. Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 132, set-dez/2007, p. 595-609, 2007. Disponível em https://www.scielo.br/j/cp/a/cCztcWVvvtWGDvFqRmdsBWQ/?lang=pt&format=pdf. Acesso em 21 mai. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742007000300005

KERGOAT, D. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo, in EMÍLIO, M. e outras (org.). Trabalho e Cidadania Ativa para as Mulheres, Coordenadoria Especial da Mulher/ PMSP, São Paulo, dez. 2003.

LERNER, G. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. São Paulo: Cultrix, 2019.

MARQUES M. Perspectivas históricas e atuais sobre o gênero feminino e a divisão sexual do trabalho na educação infantil. Educação e (Trans)formação, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 1–11, 2022. Disponível em: http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/article/view/4866. Acesso em: 18 jun. 2022.

MOLINETE, I., BARCELLOS, R., SALLES, H. Da mão de ferro ao romantismo: a produção do gênero no discurso da literatura pop management. RGSA, edição especial, p. 06-22, 2017. Disponível em https://rgsa.emnuvens.com.br/rgsa/article/view/1354 . Acesso em 20 jun 2022. DOI: https://doi.org/10.24857/rgsa.v0i0.1354

OLIVEIRA, B. MULHERES E CUIDADO: a divisão sexual do trabalho no cotidiano dos cuidados oncológicos. 2022. 20 f. Monografia (Especialização) - Curso de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia MG, 2022. Disponível em:https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/35108/6/MulheresCuidadosDivis%c3%a3o.pdf.Acesso em: 18 jun. 2022.

PEREIRA, E.; SOARES, A.; SILVA, D. Gênero e Desigualdade: a divisão sexual do trabalho e a atuação da mulher na vida pública. Gênero na Amazônia, Belém, v. 1, n. 20, p. 333-344, jun. 2021. Semestral. Disponível em: http://www.generonaamazonia.com/edicoes/edicao-20/24-A-07_Genero-e-desigualdade.pdf. Acesso em: 18 jun. 2022. DOI: https://doi.org/10.18542/rcga.v0i20.13352

PINHEIRO, J. et al. O desafio da representatividade de gênero em cargos de liderança. Programa Educação Tutorial: Licenciatura em Física, São Carlos, 03 ago. 2020. Disponível em: https://www.petlif.ufscar.br/?p=517. Acesso em: 19 jun. 2022.

SCHIENBINGER, L; GILMARTIN, S. Housework Is an Academic Issue. Academe, v.96, n.1, p. 39–44, 2010. Disponível em http://www.jstor.org/stable/20694619. Acesso em 20 jun. 2022.

SCHUH, T. J. .; SILVA, M. G. da . DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO: UMA ANÁLISE DA EXPLORAÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO FEMININO E SUA MANIFESTAÇÃO NO BRASIL. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 5, n. 14, p. 141–146, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.4517511 . Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/246. Acesso em: 18 jun. 2022.

SEVERI, F.; JESUS FILHO, J. Há diferenças remuneratórias por gênero na magistratura brasileira? Revista de Administração Pública, [S.L.], v. 56, n. 2, p. 208-225, mar. 2022. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0034-761220210163. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-761220210163x

SOUSA, L.; GUEDES, D. A desigual divisão sexual do trabalho: um olhar sobre a última década. Estudos Avançados, [S.L.], v. 30, n. 87, p. 123-139, ago. 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-40142016.30870008. Acesso em 18/06/2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142016.30870008

STEINÞÓRSDÓTTIR, F. S., CARMICHAEL, F., TAYLOR, S. Gendered workload allocation in universities: A feminist analysis of practices and possibilities in a European University. Gender, Work & Organization, 28(5), 1859–1875. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1111/gwao.12709. Acesso em 30 mai. 2022. DOI: https://doi.org/10.1111/gwao.12709

STUKALINA, Y. Strategic management of higher education institutions. Management of Organizations: Systematic Research, v.70, n.70, p. 79-90, 2014. Disponível em https://doi.org/10.7220/mosr.1392.1142.2014.70.6 . Acesso em 14 ago. 2023. DOI: https://doi.org/10.7220/MOSR.1392.1142.2014.70.6

UFSC. UFSC é a quarta melhor universidade federal do país segundo índice do MEC. Florianópolis, 2021. Disponível em: https://noticias.ufsc.br/2021/04/ufsc-e-a-quarta-melhoruniversidade-federal-do-pais-segundo-indice-do-mec/. Acesso em: 24 jul. 2022.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Resolução nº 053/CEPE, de 31 de agosto de 1995. Disponível em: http://notes.ufsc.br/aplic/RESOCONS.NSF/eab68f213e7101c80325638c005e9041/9877576241825d8d03256385006ff6b3?OpenDocument&Highlight=2,cepe. Acesso em: 20 nov. 2022.

VITERI, M. Igualdade de gênero: gestão de risco com múltiplas nuances. gestão de risco com múltiplas nuances. 2022. Disponível em: https://blogs.iadb.org/brasil/pt-br/igualdade-de-genero-gestao-de-risco-com-multiplas-nuances/. Acesso em: 18 jun. 2022.

ZANELLO, V. A prateleira do amor: sobre mulheres, homens e relações. Curitiba: Appris, 2022.

Downloads

Publicado

04/01/2024

Como citar

MACIEIRA DE OLIVEIRA SCHNEIDER, B.; GHIZONI, G.; DE MORAES RIBEIRO DE BARCELLOS, R.; SASAKI VASQUES PACHECO, A. DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO DOMÉSTICO ACADÊMICO: o caso de uma universidade pública no sul do Brasil. P2P E INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, v. 10, n. 2, p. e–6678, 2024. DOI: 10.21728/p2p.2024v10n2e-6678. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/6678. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Estudos organizacionais