In(formation), interculturality and the Covid-19 in indigenous territories of Mato Grosso do Sul

Authors

  • Andreia Sangalli Programa de Pós-Graduação em Educação e Territorialidade, Faculdade Intercultural Indígena, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil https://orcid.org/0000-0002-2297-4282
  • Neimar Machado de Sousa Programa de Pós-Graduação em Educação e Territorialidade, Faculdade Intercultural Indígena, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3574-6000

DOI:

https://doi.org/10.18617/liinc.v16i2.5384

Keywords:

Indigenous Health, Cosmology, Indigenous School Education

Abstract

The unexpected situation of social confinement in order to reduce contagion among the population by COVID 19 directly impacted the traditional peoples and their Tekohá. Assuming that health is a way of being and living, that it respects indigenous peoples' own views on their well-being, and considering the precariousness to which they have been subjected since the arrival of european conquerors, mainly due to the diseases brought and unknown by these peoples, COVID-19 enters the indigenous territories, making educational actions essential to contribute to the dissemination of comprehensible information about the disease. In this context, booklets of health guidelines were elaborated and these booklets considered the amerindian cosmologies represented in the region of Dourados (MS), by the Guarani peoples, Kaiowá and Terena break with the reproduction of the colonial logic that european medical knowledge is superior to that of indigenous people. The circulation of printed material expanded the debates among the indigenous kinship about the fundamental care in the fight against the Pandemic and began to be used as pedagogical material to support local indigenous teachers and schools.

Author Biographies

  • Andreia Sangalli, Programa de Pós-Graduação em Educação e Territorialidade, Faculdade Intercultural Indígena, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2000), mestrado (2003) em Agronomia- Produção Vegetal pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e doutorado (2008) em Agronomia- Produção Vegetal pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). É professora Associada na Universidade Federal da Grande Dourados, MS. Foi Bolsista CAPES do Programa Institucional de Iniciação a Docência- PIBID Diversidade, coordenando o Sub-Projeto "Oralidade, escrita, leitura nas escolas Guarani e Kaiowá: interculturalidade e interdisciplinaridade", área de Ciências da Natureza e Matemática, no Período de 2011 a 2013. Coordenou o Curso de Graduação -Licenciatura em Educação do Campo- LEDUC, lotado na Faculdade Intercultural Indígena- FAIND, até fevereiro de 2015. Foi coordenadora de área de gestão de processos educacionais do PIBID/UFGD, de maio de 2014 a fevereiro de 2018, acompanhando os Subprojetos PIBID EaD e coordenadora do subprojeto PIBID Educação do Campo do curso de Licenciatura em Educação do Campo - área de Habilitação em Ciências da Natureza e Ciências Humanas de agosto de 2018 a janeiro de 2020. Ministra aulas na área de Ciências da Natureza e, desenvolve estudos e pesquisas na Linha de Etnociências, Etnobotânica, Saúde, Meio Ambiente e ensino de Ciências no contexto dos povos camponeses e comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul.

  • Neimar Machado de Sousa, Programa de Pós-Graduação em Educação e Territorialidade, Faculdade Intercultural Indígena, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil

    Neimar Machado de Sousa é licenciado em Filosofia na Universidade Católica Dom Bosco (1997), é mestre em História Regional pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2002) e doutor em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2009). Atua na Faculdade Intercultural Indígena no ensino de graduação (Licenciatura Intercultural Indígena Teko Arandu) e pós-graduação (Mestrado em Educação e Territorialidade). Desenvolve o Serviço da Documentação e Informação sobre os Povos Indígenas e tem experiência na área de Educação Intercultural, Indigenismo e Etnohistória. Coordena o Grupo de Pesquisa Laboratório de Pesquisas em História e Educação Indígena (LABHEI), o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Drogas (GEPED), participa do Grupo de Trabalho Comitê Editorial do Cone Sul, sendo conselheiro suplente do COMAD (Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas) de Dourados. Os termos mais frequentes em sua produção científica são: saberes indígenas, interculturalidade e educação em saúde.

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Published

17/12/2020

Issue

Section

Informational Perspectives and Challenges in Times of the COVID-19 Pandemic

How to Cite

In(formation), interculturality and the Covid-19 in indigenous territories of Mato Grosso do Sul. Liinc em Revista, [S. l.], v. 16, n. 2, p. e5384, 2020. DOI: 10.18617/liinc.v16i2.5384. Disponível em: https://revista.ibict.br/liinc/article/view/5384.. Acesso em: 3 jul. 2024.

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